A ideia dessa pagina de FOTOS e CIA é publicar e dividir o meu olhar com outras pessoas . Ao longo das minhas idas e vindas por esse Brasil, tentarei colocar para fora meus sentimentos através da lente fotográfica, registrando pessoas, amigos,animais, objectos, flores, coisas.. etc.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Gente, acima de tudo Gente!
Fotografia foi tirada em uma cidade chamada Miramgaba-Ba, proximo a Jacobina, não sei o nome do modelo!
Feira de Uibai e Semana Santa
Inegavel a mudança de habitos que nossa cidade vive na semana santa, a religião ainda tem muita presença.
Tortura ......E o Brasil com isso ?
Decisão da Justiça diz que crime de tortura não prescreve
sex, 2011-04-22 13:00 — admin
O estado do Rio Grande do Sul foi condenado a indenizar Airton Joel Frigeri, que foi torturado durante a ditadura civil-militar brasileira
do Sul21
Decisão da 5ª Câmara Cível do TJ-RS condenou o estado do Rio Grande do Sul a indenizar em R$ 200 mil Airton Joel Frigeri, que foi torturado durante a ditadura civil-militar brasileira. Entre os fundamentos do voto do relator, o desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, está o de que os crimes de tortura são imprescritíveis e que, portanto, a indenização não poderia prescrever em cinco anos da data do crime, que ocorreu em 1970.
Para o militante dos Direitos Humanos, Jair Krischke, o reconhecimento pela Justiça gaúcha de que os crimes de tortura não devem prescrever — mesmo que seja um reconhecimento na esfera cível, não na criminal — pode influenciar decisões em outros tribunais em todo o Brasil. “Inaugura um novo momento. Teremos agora uma belíssima discussão”, diz.
Torturado aos 16 anos
No dia 9 de abril de 1970, Airton Joel Frigeri, que tinha 16 anos e trabalhava como auxiliar de escritório no Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, foi levado pela polícia até a Delegacia Regional da Polícia Civil na cidade serrana e, depois, ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Na Capital, Airton, que era membro da organização de esquerda VAR Palmares, contou à Justiça ter sido interrogado com uso de choque elétrico e também que recebeu golpes com um pedaço de madeira. Airton ficou detido na Ilha do Presídio.
Ao sair da prisão, diz que foi proibido de voltar a estudar. Em dezembro de 1974, Airton foi absolvido de quaisquer acusações por falta de provas, mas continuou sendo “visitado” por agentes de SNI, Dops e Polícia Civil, que o abordavam em casa, no trabalho e até mesmo na rua. A última abordagem foi em 1978. Airton relatou que nos anos seguintes precisou se tratar de uma gastrite de fundo emocional, e também de crises de depressão e insônia.
Governo Britto criou comissão para indenizar vítimas
Em 1997, o Governo Britto criou uma comissão especial para indenizar vítimas de atos de tortura cometidos por agentes do estado, como policiais civis e militares. O valor máximo das indenizações ficou fixado em R$ 30 mil. Em outubro de 1998, Airton Joel Frigeri teve seu pedido de indenização acolhido pelo valor máximo.
Dez anos depois, em 2008, Airton requereu na Justiça uma indenização de valor “significativamente maior”, considerando que o valor da indenização foi “insignificante” diante dos danos que lhe foram causados pelo estado. Na primeira instância, a 2ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública de Caxias do Sul julgou improcedente a ação, mas Airton recorreu.
“Dignidade é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil”
O desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto afirmou que é inaplicável utilizar o prazo de prescrição previsto em lei, afirmando serem imprescritíveis os crimes de tortura cometidos durante a ditadura no Brasil. “A dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, e a tortura o mais expressivo atentado a esse pilar da República, de sorte que reconhecer imprescritibilidade dessa lesão é uma das formas de dar efetividade à missão de um Estado Democrático de Direito, reparando odiosas desumanidades praticadas na época em que o país convivia com um governo autoritário e a supressão de liberdades individuais consagradas”, anotou o relator.
O magistrado reconheceu que Airton Joel Frigeri recebeu o valor máximo previsto pela lei estadual, mas entendeu que “o martírio experimentado pelo autor foi muito superior à ínfima reparação deferida”. Jorge Luiz Lopes do Canto fixou o valor da indenização em R$ 200 mil por considerar uma quantia que assegura o caráter “repressivo-pedagógico própria das indenizações por danos morais” e, ao mesmo tempo, não ser um valor alto suficiente para caracterizar um “enriquecimento sem causa” do requerente. Os desembargadores Romeu Marques Ribeiro Filho e Isabel Dias de Almeida acompanharam o voto do relator.
A Procuradoria-Geral do Estado disse que só vai se manifestar sobre o caso depois que for notificada ou tiver acesso à íntegra do acórdão. (com informações do TJ-RS)
26/04/2011
Felipe Prestesdo Sul21
Decisão da 5ª Câmara Cível do TJ-RS condenou o estado do Rio Grande do Sul a indenizar em R$ 200 mil Airton Joel Frigeri, que foi torturado durante a ditadura civil-militar brasileira. Entre os fundamentos do voto do relator, o desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, está o de que os crimes de tortura são imprescritíveis e que, portanto, a indenização não poderia prescrever em cinco anos da data do crime, que ocorreu em 1970.
Para o militante dos Direitos Humanos, Jair Krischke, o reconhecimento pela Justiça gaúcha de que os crimes de tortura não devem prescrever — mesmo que seja um reconhecimento na esfera cível, não na criminal — pode influenciar decisões em outros tribunais em todo o Brasil. “Inaugura um novo momento. Teremos agora uma belíssima discussão”, diz.
Torturado aos 16 anos
No dia 9 de abril de 1970, Airton Joel Frigeri, que tinha 16 anos e trabalhava como auxiliar de escritório no Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, foi levado pela polícia até a Delegacia Regional da Polícia Civil na cidade serrana e, depois, ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Na Capital, Airton, que era membro da organização de esquerda VAR Palmares, contou à Justiça ter sido interrogado com uso de choque elétrico e também que recebeu golpes com um pedaço de madeira. Airton ficou detido na Ilha do Presídio.
Ao sair da prisão, diz que foi proibido de voltar a estudar. Em dezembro de 1974, Airton foi absolvido de quaisquer acusações por falta de provas, mas continuou sendo “visitado” por agentes de SNI, Dops e Polícia Civil, que o abordavam em casa, no trabalho e até mesmo na rua. A última abordagem foi em 1978. Airton relatou que nos anos seguintes precisou se tratar de uma gastrite de fundo emocional, e também de crises de depressão e insônia.
Governo Britto criou comissão para indenizar vítimas
Em 1997, o Governo Britto criou uma comissão especial para indenizar vítimas de atos de tortura cometidos por agentes do estado, como policiais civis e militares. O valor máximo das indenizações ficou fixado em R$ 30 mil. Em outubro de 1998, Airton Joel Frigeri teve seu pedido de indenização acolhido pelo valor máximo.
Dez anos depois, em 2008, Airton requereu na Justiça uma indenização de valor “significativamente maior”, considerando que o valor da indenização foi “insignificante” diante dos danos que lhe foram causados pelo estado. Na primeira instância, a 2ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública de Caxias do Sul julgou improcedente a ação, mas Airton recorreu.
“Dignidade é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil”
O desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto afirmou que é inaplicável utilizar o prazo de prescrição previsto em lei, afirmando serem imprescritíveis os crimes de tortura cometidos durante a ditadura no Brasil. “A dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, e a tortura o mais expressivo atentado a esse pilar da República, de sorte que reconhecer imprescritibilidade dessa lesão é uma das formas de dar efetividade à missão de um Estado Democrático de Direito, reparando odiosas desumanidades praticadas na época em que o país convivia com um governo autoritário e a supressão de liberdades individuais consagradas”, anotou o relator.
O magistrado reconheceu que Airton Joel Frigeri recebeu o valor máximo previsto pela lei estadual, mas entendeu que “o martírio experimentado pelo autor foi muito superior à ínfima reparação deferida”. Jorge Luiz Lopes do Canto fixou o valor da indenização em R$ 200 mil por considerar uma quantia que assegura o caráter “repressivo-pedagógico própria das indenizações por danos morais” e, ao mesmo tempo, não ser um valor alto suficiente para caracterizar um “enriquecimento sem causa” do requerente. Os desembargadores Romeu Marques Ribeiro Filho e Isabel Dias de Almeida acompanharam o voto do relator.
A Procuradoria-Geral do Estado disse que só vai se manifestar sobre o caso depois que for notificada ou tiver acesso à íntegra do acórdão. (com informações do TJ-RS)
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Corsel I
No final de 1977 chegava às ruas o novo modelo: o Corcel II.[5] A carroceria era totalmente nova, com linhas mais retas, modernas e bonitas. Os faróis e as lanternas traseiras, seguindo uma tendência da época, eram retangulares e envolventes. A grade possuía desenho aerodinâmico das lâminas, em que a entrada de ar era mais intensa em baixas velocidades que em altas. O novo carro parecia maior, mas não era. A traseira tinha uma queda suave, lembrando um fastback. Um fato notável no Corcel II era a ventilação dinâmica, de grande vazão, dispensando a ventilação forçada. O Corcel II, quando chegou em 1978, veio com o mesmo motor do Corcel I 1.4, só que com a potência cortada, se o Corcel anterior com o mesmo motor de 1.4 litro rendia 85cv e deixava muitos carros da época para traz, o Corcel II veio com o 1.4 litro de 72cv (55cv líquidos), o Corcel II era muito pesado para usar o 1.4, em função disso tinha um desempenho muito modesto (0 a 100km/h em 20,9 segundos e 135km/h de maxima) em relação ao antigo Corcel , mas a segurança, estabilidade e nível de ruído, já eram melhores do que o modelo anterior. Já em 1980 a Ford lançou como opcional para o Corcel II o motor de 1,6 litro com 1555cm³ com câmbio de 4 marchas, mas com relações mais longas e 90cv de potência bruta (66,7 cv líquidos). O Corcel II passou a andar um pouco mais rápido, fazia de 0 a 100km/h em medianos 17 segundos e a velocidade máxima passava a ser de 148km/h, o suficiente para andar junto do se u concorrente mais próximo, o Passat 1500, porém muito atrás da versão 1600 desse VW
Hoje ainda está presente no sertão , os mais pobres utiliza para descolar entre pequenos distritos e até pra ir a roça..
Hoje ainda está presente no sertão , os mais pobres utiliza para descolar entre pequenos distritos e até pra ir a roça..
terça-feira, 12 de abril de 2011
Vavas..
Um Cara que admiro pela postura que tem com a vida , com tudo que faz. Aprendo muito com ele ..
segunda-feira, 11 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
"Uma violeta com boas condicoes irá florir por nove meses, e irá ” descansar” depois mais tres meses, pois violetas dãoum intervalo de florescimento.
Temos que aprender com as violetas. Alguns momentos temos que parar , observar , Na vida temos que aprender a "descançar" e depois retoamr a batalha.
Temos que aprender o momento de nos retirar para reflexão , para depois retomarmos a vida melhor do que antes, como menos erros , menos defeitos..
O grande problema que a Violeta em ambiente como estes das fotografia, pode não floreçer ..
Como diria minha Vó Ana é muito olho Gordo, muito quebrante.....rs
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Explicando política às crianças
Rubem Alves
Meninos, meninas, vou lhes contar como tudo começou, do jeito como me ensinaram. Há muitos milênios atrás ( um milênio são mil anos! ), antes mesmo que a roda tivesse sido inventada, a vida era uma pancadaria generalizada, pauladas, pedradas, furadas ( eram feitas com paus pontudos; ainda não haviam descoberto um jeito de fazer flechas com pedras lascadas), cada um por si, cada um contra todos. Um famoso pensador chamado Hobbes disse que era um estado de “guerra de todos contra todos”. Não havia leis. As leis servem para proibir aquilo que não pode ser feito. Assim, cada um fazia o que queria. Roubar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “é proibido roubar”. Matar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “ é proibido matar”. E não havia pessoas encarregadas de fazer cumprir a lei: juizes, polícia. É para isso que a polícia existe: para impedir que a lei seja quebrada e para proteger os cidadãos comuns. Quem tivesse o porrete maior era o que mandava. Houve até um famoso presidente dos Estados Unidos que explicou o seu jeito de governar: “Falar manso e ter um porrete grande nas mãos...” Os jeitos primitivos continuam ainda em vigor.
É fácil entender. Imaginem uma coisa doida: um jogo de futebol em que não haja regras e nem haja um juiz que apite as faltas. Tudo é permitido. Tapas, murros, rasteiras, xingamentos, levar a bola com a mão, mudar de time no meio do jogo. Ao final de cada jogo o número de mortos e feridos é grande. Os amantes de futebol queriam continuar a jogar futebol, mas sem medo da violência. Eles se reuniram e disseram: “Não é possível continuar assim. Vamos fazer regras para o futebol. E vamos ter, no campo, um homem que faça com que as regras sejam cumpridas.” E assim fizeram. E o futebol se transformou num jogo civilizado ( às vezes...)
Pois os homens daqueles tempos chegaram à mesma conclusão. Não valia a pena continuar a viver daquele jeito. Eles se reuniram numa grande assembléia e chegaram a um acordo: “Só há uma solução. É preciso que cada um deixe de fazer o que lhe dá na telha. Precisamos leis. Mas, para ter leis, precisamos de um homem que faça as leis. E não só isso: um homem que tenha o poder para punir todos aqueles que quebram a lei.
Os homens, assim, abriram mão das suas pequenas vontades individuais para poderem viver uns com os outros em paz. E para que houvesse um homem que fizesse as leis e punisse os criminosos eles escolheram um que seria o seu Rei, ele e os seus descendentes. O Rei teria que ser aquela pessoa que reinaria para a paz dos homens comuns, os seus súditos. O Rei teria de ser uma pessoa que, ao mesmo tempo, combinasse sabedoria e força. Sabedoria para fazer as coisas certas. E força para que punisse os malfeitores. Em toda situação há sempre os malfeitores, aqueles que quebram as leis. Também no futebol há os malfeitores. No futebol os malfeitores são aqueles que quebram as regras, aqueles que, pensando que o juiz está distraído, dão rasteiras e tentam fazer gols com a mão. Se o juiz ficar desatento e não apitar as faltas a partida de futebol vira pancadaria.
Mas esses homens que elegeram o Rei eram ruins em psicologia. É sempre assim: em período de eleição todos os candidatos se apresentam como honestos, puros, pessoas que só desejam o bem do povo. Mas o povo não conhece psicologia. Acredita naquilo que lhes é dito. Não sabem que essas falas dos candidatos são como a isca no anzol do pescador. O seu objetivo é apenas “fisgar” o voto do povo. E esses puros, uma vez no poder, passam por horríveis transformações. Belos, transformam-se em Feras. Aconteceu assim com os Reis, tão bonitos, tão honestos, antes de terem a coroa na cabeça e a espada na mão. Mas uma vez no poder transformaram-se em Tiranos. Tiranos são aqueles que, esquecidos do povo, impõem a sua vontade sobre ele. Assim os Reis esqueceram-se do povo e passaram a pensar só neles mesmos. Se eles eram aqueles que fazem as leis, e se eles eram aqueles que tinham a espada na mão, não havia ninguém que os punisse. Eles cometiam suas maldades protegidos pela impunidade. Tendo poder para fazer as leis, eles as fizeram só em seu benefício, leis que obrigavam o povo a pagar impostos pesados. Imposto é um dinheiro que o povo tem de pagar ao governo para administrar o país. Tudo estaria bem se o dinheiro dos impostos fosse usado para o bem do povo. Mas não foi isso que fizeram. Usaram o dinheiro do povo para si mesmos. Construíram palácios com jardins, gramados e piscinas, deram banquetes, não só eles mas todos os membros da corte que assim se locupletaram. Todos ficaram ricos. O povo ficou mais pobre, mais sofrido. Aprendam isso: as pessoas mais cheias de boas intenções, quando têm o poder e o dinheiro na mão, esquecem-se delas. Ficam deslumbradas com o poder e passam a pensar só nelas mesmas. O poder e o dinheiro corrompem.
Foi assim durante muitos séculos. Até que o povo perdeu as esperanças. Os reis, que haviam sido objetos da sua admiração, tornaram-se objetos do seu desprezo. Seu perfume se transformou em fedor. Não, os Reis jamais pensariam no bem do povo. Aí o povo pensou: “Não fomos nós que escolhemos o Rei? Se ele está no trono é só porque nós queremos! Ele não está no trono pela vontade dos deuses! Se fomos nós os que o colocamos no trono, temos o direito de tirá-lo de lá”. O povo então se enfureceu, saiu às ruas, pegou em armas, fez revoluções e tirou o Rei do trono. Esse direito do povo, de tirar os Tiranos do poder, pela força, até foi louvado pela mais humilde e a mais santa das mulheres, Maria, mãe de Jesus. Cantando o amor de Deus ela disse que ele “derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.” ( Lucas 1:52).
Mas esse direito de tirar os reis dos tronos transformou-se em crueldade. Na Revolução Francesa o rei e a rainha foram guilhotinados. Na Rússia os revolucionários fuzilaram toda a família real, inclusive as crianças.
Voltou-se então ao estado original: não havia quem ditasse leis e as fizesse cumprir, para a paz do povo. Havia o perigo de que se estabelecesse a condição primitiva de “guerra de todos contra todos”. Há de haver quem faça as leis e garanta o seu cumprimento. Mas o povo havia aprendido uma lição: poder por toda a vida, como o que era dado aos reis, só produz tirania e corrupção. É muito perigoso dar poder absoluto a uma pessoa só.
Por que o jogo de futebol é possível? Jogadores, bola – tudo bem. Mas não basta. Há de haver regras. E como se estabelecem regras? As pessoas interessadas se ajuntam e fazem um “contrato”. “Contrato” é um documento que estabelece as regras, com o acordo de todos. Esse contrato contém as regras do jogo que todos devem obedecer. Todas as relações entre os seres humanos são reguladas por contratos. O casamento é um contrato, a compra de uma casa é um contrato, a matricula de um aluno numa escola se faz por meio de um contrato. Quando um povo inteiro quer estabelecer as regras de sua convivência, esse contrato tem o nome de “Constituição”. O Brasil tem uma “Constituição”.
O espaço chegou ao fim e na próxima crônica vou falar sobre a “Democracia” que é o sistema de governo em que quem faz as leis é o povo. Pelo menos, é assim que deveria ser.
Meninos, meninas, vou lhes contar como tudo começou, do jeito como me ensinaram. Há muitos milênios atrás ( um milênio são mil anos! ), antes mesmo que a roda tivesse sido inventada, a vida era uma pancadaria generalizada, pauladas, pedradas, furadas ( eram feitas com paus pontudos; ainda não haviam descoberto um jeito de fazer flechas com pedras lascadas), cada um por si, cada um contra todos. Um famoso pensador chamado Hobbes disse que era um estado de “guerra de todos contra todos”. Não havia leis. As leis servem para proibir aquilo que não pode ser feito. Assim, cada um fazia o que queria. Roubar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “é proibido roubar”. Matar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “ é proibido matar”. E não havia pessoas encarregadas de fazer cumprir a lei: juizes, polícia. É para isso que a polícia existe: para impedir que a lei seja quebrada e para proteger os cidadãos comuns. Quem tivesse o porrete maior era o que mandava. Houve até um famoso presidente dos Estados Unidos que explicou o seu jeito de governar: “Falar manso e ter um porrete grande nas mãos...” Os jeitos primitivos continuam ainda em vigor.
É fácil entender. Imaginem uma coisa doida: um jogo de futebol em que não haja regras e nem haja um juiz que apite as faltas. Tudo é permitido. Tapas, murros, rasteiras, xingamentos, levar a bola com a mão, mudar de time no meio do jogo. Ao final de cada jogo o número de mortos e feridos é grande. Os amantes de futebol queriam continuar a jogar futebol, mas sem medo da violência. Eles se reuniram e disseram: “Não é possível continuar assim. Vamos fazer regras para o futebol. E vamos ter, no campo, um homem que faça com que as regras sejam cumpridas.” E assim fizeram. E o futebol se transformou num jogo civilizado ( às vezes...)
Pois os homens daqueles tempos chegaram à mesma conclusão. Não valia a pena continuar a viver daquele jeito. Eles se reuniram numa grande assembléia e chegaram a um acordo: “Só há uma solução. É preciso que cada um deixe de fazer o que lhe dá na telha. Precisamos leis. Mas, para ter leis, precisamos de um homem que faça as leis. E não só isso: um homem que tenha o poder para punir todos aqueles que quebram a lei.
Os homens, assim, abriram mão das suas pequenas vontades individuais para poderem viver uns com os outros em paz. E para que houvesse um homem que fizesse as leis e punisse os criminosos eles escolheram um que seria o seu Rei, ele e os seus descendentes. O Rei teria que ser aquela pessoa que reinaria para a paz dos homens comuns, os seus súditos. O Rei teria de ser uma pessoa que, ao mesmo tempo, combinasse sabedoria e força. Sabedoria para fazer as coisas certas. E força para que punisse os malfeitores. Em toda situação há sempre os malfeitores, aqueles que quebram as leis. Também no futebol há os malfeitores. No futebol os malfeitores são aqueles que quebram as regras, aqueles que, pensando que o juiz está distraído, dão rasteiras e tentam fazer gols com a mão. Se o juiz ficar desatento e não apitar as faltas a partida de futebol vira pancadaria.
Mas esses homens que elegeram o Rei eram ruins em psicologia. É sempre assim: em período de eleição todos os candidatos se apresentam como honestos, puros, pessoas que só desejam o bem do povo. Mas o povo não conhece psicologia. Acredita naquilo que lhes é dito. Não sabem que essas falas dos candidatos são como a isca no anzol do pescador. O seu objetivo é apenas “fisgar” o voto do povo. E esses puros, uma vez no poder, passam por horríveis transformações. Belos, transformam-se em Feras. Aconteceu assim com os Reis, tão bonitos, tão honestos, antes de terem a coroa na cabeça e a espada na mão. Mas uma vez no poder transformaram-se em Tiranos. Tiranos são aqueles que, esquecidos do povo, impõem a sua vontade sobre ele. Assim os Reis esqueceram-se do povo e passaram a pensar só neles mesmos. Se eles eram aqueles que fazem as leis, e se eles eram aqueles que tinham a espada na mão, não havia ninguém que os punisse. Eles cometiam suas maldades protegidos pela impunidade. Tendo poder para fazer as leis, eles as fizeram só em seu benefício, leis que obrigavam o povo a pagar impostos pesados. Imposto é um dinheiro que o povo tem de pagar ao governo para administrar o país. Tudo estaria bem se o dinheiro dos impostos fosse usado para o bem do povo. Mas não foi isso que fizeram. Usaram o dinheiro do povo para si mesmos. Construíram palácios com jardins, gramados e piscinas, deram banquetes, não só eles mas todos os membros da corte que assim se locupletaram. Todos ficaram ricos. O povo ficou mais pobre, mais sofrido. Aprendam isso: as pessoas mais cheias de boas intenções, quando têm o poder e o dinheiro na mão, esquecem-se delas. Ficam deslumbradas com o poder e passam a pensar só nelas mesmas. O poder e o dinheiro corrompem.
Foi assim durante muitos séculos. Até que o povo perdeu as esperanças. Os reis, que haviam sido objetos da sua admiração, tornaram-se objetos do seu desprezo. Seu perfume se transformou em fedor. Não, os Reis jamais pensariam no bem do povo. Aí o povo pensou: “Não fomos nós que escolhemos o Rei? Se ele está no trono é só porque nós queremos! Ele não está no trono pela vontade dos deuses! Se fomos nós os que o colocamos no trono, temos o direito de tirá-lo de lá”. O povo então se enfureceu, saiu às ruas, pegou em armas, fez revoluções e tirou o Rei do trono. Esse direito do povo, de tirar os Tiranos do poder, pela força, até foi louvado pela mais humilde e a mais santa das mulheres, Maria, mãe de Jesus. Cantando o amor de Deus ela disse que ele “derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.” ( Lucas 1:52).
Mas esse direito de tirar os reis dos tronos transformou-se em crueldade. Na Revolução Francesa o rei e a rainha foram guilhotinados. Na Rússia os revolucionários fuzilaram toda a família real, inclusive as crianças.
Voltou-se então ao estado original: não havia quem ditasse leis e as fizesse cumprir, para a paz do povo. Havia o perigo de que se estabelecesse a condição primitiva de “guerra de todos contra todos”. Há de haver quem faça as leis e garanta o seu cumprimento. Mas o povo havia aprendido uma lição: poder por toda a vida, como o que era dado aos reis, só produz tirania e corrupção. É muito perigoso dar poder absoluto a uma pessoa só.
Por que o jogo de futebol é possível? Jogadores, bola – tudo bem. Mas não basta. Há de haver regras. E como se estabelecem regras? As pessoas interessadas se ajuntam e fazem um “contrato”. “Contrato” é um documento que estabelece as regras, com o acordo de todos. Esse contrato contém as regras do jogo que todos devem obedecer. Todas as relações entre os seres humanos são reguladas por contratos. O casamento é um contrato, a compra de uma casa é um contrato, a matricula de um aluno numa escola se faz por meio de um contrato. Quando um povo inteiro quer estabelecer as regras de sua convivência, esse contrato tem o nome de “Constituição”. O Brasil tem uma “Constituição”.
O espaço chegou ao fim e na próxima crônica vou falar sobre a “Democracia” que é o sistema de governo em que quem faz as leis é o povo. Pelo menos, é assim que deveria ser.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Junior.
Esse é um daqueles, que vão a Uibai e se apaixona, e se torna um típico frequentador do pé de serra.
baxim e Tina
Edilson rocha, mais conhecido como baxim, Ao seu lado Cristina de Rubin, mais conhecida como Tina.
Fotos podem ser ampliadas.
Natureza...
Parece que a natureza e a fotografia nasceram em constante harmonia. É como se a natureza sempre estivesse pronta para o click.
Bicicleta, baike
A bicicleta é um veículo com duas rodas presas a um quadro, movido pelo esforço do próprio usuário (ciclista) através de pedais. Foi inventada no século XIX na Europa. Com cerca de um bilhão de unidades em todo o mundo [1], a bicicleta é usada tanto como meio de transporte no ciclismo utilitário, como objeto de lazer no cicloturismo e para competições desportivas de ciclismo.
A bicicleta afetou consideravelmente a História tanto no campo industrial como no cultural. No início, a bicicleta inspirou-se em tecnologias pré-existentes. Hoje, no entanto, tem contribuído para outras áreas. Além de lazer e transporte, as bicicletas estão sendo adaptadas para outras utilizações, na área militar e em esportes.
A bicicleta também é bastante utilizada como meio de transporte no dia-a-dia, por ser um transporte barato, ecológico e saudável.
Não foi unicamente a historia que nos chama atenção quanto a esse veiculo. O que mais me chama atenção é capacidade que temo de construído um mundo Imaginário atrás da Imagem.
* A imagem pode ser ampliada..
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