quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MULHER INGERE SUBSTÂNCIA VENENOSA E MORRE EM UIBAI-BA

Os motivos ainda não foram esclarecidos. A  vítima não sofria nenhum distubio mental. MARLUCE PEREIRA DE ANDRADE, 46 anos, era filha de JUSTINIANO JOSÉ GARCIA e DALILA PEREIRA GARCIA, residentes no centro de Uibai-BA.
Conforme informação de uma parente da vítima ficamos sabendo que ela ingeriu detergente e água sanitária sendo conduzida para o Hospital da cidade de Uibai e por volta das 09:00 horas dessa manhã de 16/11, veio a óbito. O corpo foi necropsiado no IML de Irecê.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Se aprovado em Plebscito, Carajas será o Estado da VALE!





SÃO PAULO - Se o plebiscito marcado para o dia 11 de dezembro aprovar a divisão do Pará em três estados — Tapajós, Carajás e novo Pará — um deles, Carajás, nascerá à sombra da companhia Vale. Com uma população de 1,6 milhão de habitantes, o novo estado herdará as principais reservas minerais da empresa, entre elas a maior mina de minério de ferro do mundo, localizada na cidade de Parauapebas.
Se criado, Carajás ocupará a porção Sudeste do atual estado do Pará e terá 39 municípios. Em pelo menos 29, a Vale está presente. A mineradora tem investido bilhões de dólares nessa região nos últimos anos. Só este ano, foram US$ 5,1 bilhões.
Os investimentos têm impulsionado o crescimento econômico de algumas cidades para níveis chineses. Esse crescimento também acaba atraindo migrantes de cidades vizinhas e estados mais pobres do país em busca de empregos, agravando os problemas sociais.
A Vale não se manifesta sobre o plebiscito que pode fatiar o Pará. Mas economistas e políticos ouvidos pelo GLOBO afirmam que a empresa aumentará seu poder no novo estado. Seus principais negócios estarão concentrados em Carajás, um estado que será muito menor do que o Pará, e a companhia poderá exercer maior influência política sobre os municípios, dizem eles.
Além disso, Carajás terá direito a oito parlamentares na Câmara dos Deputados, além de três senadores, o que aumenta o raio de influência em Brasília.
— A influência da Vale sobre o novo estado será enorme. Só o lucro da companhia em 2010, foi de R$ 30 bilhões, corresponde a mais de dez vezes o valor das receitas previstas para Carajás, que são de R$ 2,9 bilhões — diz o economista Josemir Gonçalves Nascimento,secretário-executivo da Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás (Anamat), favorável à separação do Pará.
A cidade de Parauapebas é um exemplo de crescimento chinês provocado pela atividade da mineradora. Paraupebas cresceu 20% ao ano, em média, entre 2000 e 2010. Em duas décadas, a população cresceu 15 vezes e chega hoje a 150 mil pessoas. Nove entre dez migrantes vieram atraídos pela possibilidade de obter uma vaga nos cursos de qualificação patrocinados pela empresa e arrumar um emprego.
Nos últimos três meses, a Vale abriu 1,7 mil novas vagas. No ano, foram 9 mil novos empregos gerados nos canteiros de obras da empresa no Pará.
Calcula-se que 80% da economia de Parauapebas gire em torno da Vale. Na lista do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, a cidade aparece como a segunda maior exportadora do país, este ano. Foram US$ 8,7 bilhões obtidos com minerais.
Os sinais desse dinheiro gerado pela Vale são visíveis: Parauapebas é a única cidade do Sudeste do Pará a ter um shopping como o de grandes capitais. São quatro cinemas, 126 lojas e 700 vagas de estacionamento. Entre os clientes do empreendimento, estão os 10 mil funcionários da Valeque trabalham na cidade.
— Temos 700 empresas associadas e todas têm negócios diretos ou indiretos com a Vale — diz José Rinaldo Alves de Carvalho, vice-presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Parauapebas.
A estrada de ferro que escoa o minério de ferro e manganês extraídos em Parauapebas até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão, também é controlada pela Vale. A ferrovia virou uma espécie de moeda de troca entre a empresa e os índios e sem-terra que vivem na região. Sempre que querem aumentar o valor que a mineradora paga por usar terras indígenas em Marabá, os índios bloqueiam a ferrovia.
No início deste ano, eles fizeram sete funcionários da companhia reféns. Os sem-terra também já bloquearam a estrada de ferro pedindo maior assistência aos assentamentos rurais da região, uma reivindicação que deveria ser feita ao governo do estado ou à União.
É também à Vale que recorrem prefeitos que precisam construir novas delegacias, escolas, postos de saúde e pavimentar estradas. A Prefeitura de Parauapebas, por exemplo, cobra uma universidade federal da Vale.
— O braço do governo não chega até aqui e a Vale acaba sendo o alvo das reivindicações. Além disso, a companhia também é fonte de recursos para muitos municípios, que recebem os royalties da mineração — diz o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), coordenador da Frente pela Criação do Estado de Carajás e um dos nomes cotados para ser candidato a governador do novo estado.
Como a Vale não paga ICMS ao estado pelo minério extraído, a contrapartida da empresa é muito menor do que poderia ser aos municípios, diz um empresário da região que prefere não se identificar.
— A Vale faz apenas ações isoladas, sempre que há pressão de prefeitos e da população. É uma ajuda muito pequena para o volume de negócios da empresa na região — diz o empresário.
A 200 quilômetros de Parauapebas está Marabá, cotada para ser a capital do novo estado de Carajás. Na cidade, a Vale também mostra seu poder econômico. A mineradora está construindo uma siderúrgica no município. A Aços Laminados do Pará (Alpa) terá inves timentos de US$ 3,2 bilhões e deve começar a funcionar em 2014, produzindo 2,5 milhões de toneladas de placas de aço.
O objetivo da Vale é transformar parte do minério de ferro extraído das minas de Parauapebas em aço em Marabá, agregando valor ao produto. O impacto da siderúrgica será enorme na cidade. Além da usina em si, o empreendimento prevê a construção de um acesso ferroviário para receber o minério de ferro de Carajás. Também será construído um terminal fluvial no Rio Tocantins para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o terminal Portuário de Vila do Conde, em Barcarena. Além da siderúrgica, a futura hidrovia deverá servir a outras atividades econômicas da região.
— A siderúrgica da Vale em Marabá já está provocando uma onda de investimentos no entorno da cidade — diz o economista Josemir Gonçalves.
Se a Vale terá influência positiva no novo estado, ela também é apontada como fonte de problemas para Carajás. Cada projeto implantado pela mineradora representa o aumento da migração para a região. A construção de um ramal ferroviário da Vale saindo de Canaã dos Carajás e passando por Parauapebas, por exemplo, deve atrair 3,6 mil pessoas para trabalhar. Mas apenas 600 vão continuar empregadas após a conclusão da obra, que deve levar três anos. O novo ramal também vai escoar a produção da Vale.
— É preciso criar infraestrutura de serviços públicos, como educação, saúde, além de moradias. E também novas oportunidades de emprego que não estejam ligadas à Vale são necessárias. A divisão do Pará em três estados (Tapajós, Carajás e novo Pará) também é importante no sentido de tornar o poder público mais atuante nessas regiões — diz o deputado Queiroz.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/se-aprovado-em-plebiscito-carajas-sera-estado-da-vale-3230460#ixzz1dgr1RSFr
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Banco do Nordeste realiza oficina em Irecê sobre Programa BNB de Cultura 2012

O Banco do Nordeste realizará em Irecê uma oficina de elaboração de projetos culturais no dia 10 de novembro, próxima quinta-feira, às 14:00h no Sindicato dos Bancários.

O objetivo é oferecer maiores oportunidades de acesso aos recursos financeiros do Programa Banco do Nordeste de Cultura – Edição 2012 – Parceria BNDES, inclusive com o fornecimento detalhado de informações sobre preenchimento de formulários de inscrição. O ingresso nas oficinas é gratuito e não há necessidade de inscrição prévia.

O Programa Banco do Nordeste de Cultura – Parceria BNDES é uma linha de patrocínio direto do Banco do Nordeste, com a parceria do BNDES, para apoio à produção e difusão da cultura nordestina, mediante seleção pública de projetos.

Galera de Uibai deveria participar disso .

Jorge Araujo

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

I Conferência Municipal sobre Transparência e Controle Social de Uibaí

 
 
CONVITE

I Conferência Municipal sobre Transparência e Controle Social de Uibaí, cujo objetivo é promover a transparência pública e estimular a participação democrática da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública. Será na Casa Paroquial no dia 10/11/2011 (quinta - feira) das 07:00h da manhã às 17:00h.
EIXOS TEMÁTICOS:

Promoção da transparência pública e acesso à informação e dados públicos;

Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da Gestão Pública;

A atuação dos conselhos de políticas públicas como instâncias de controle;

Diretrizes para a prevenção e o combate à corrupção.

Venha participar deste grande evento de cidadania. A sua presença é muito importante!

Participe!

Caldierão e Lagoinha - Certificação como Quilombola , e Daí?


Quilombolas são descendentes de africanos escravizados que mantêm tradições culturais, de subsistência e religiosas ao longo dos séculos. E uma das funções da Fundação Cultural Palmares é formalizar a existência destas comunidades, assessorá-las juridicamente e desenvolver projetos, programas e políticas públicas de acesso à cidadania. Mais de 1.500 comunidades espalhadas pelo território nacional são certificadas pela Palmares. Para localizá-las, clique no mapa para selecionar o estado ou utilize os campos de busca abaixo, filtrando a pesquisa por estado, município e comunidade.

Em uibai a Duas comunidade com Certificação Quilombola , que são :

BA
Uibaí
2932408
Caldeirão
13/12/2006
BA
Uibaí
2932408
Lagoinha
13/12/2006

Passou se quase 5 anos que temos duas entidades Quilombolas, e dai o que vei com isso? Essa conquista pssibilitou avançar ? há projetos  ? Há politicas publicas efetivas para os Quilombolas ? a organizaçao social nessas comunidade existe ?


Jorge Araujo
61-3215-5237

sábado, 5 de novembro de 2011

Sugestão para o Grupo : 50 anos de EMANCIPAÇÃO DE UIBAÍ!

Galera;
é difícil contribuir a distancia , no entanto vai algumas ideias, espero poder ajudar, segue :


Primeiro Parabéns a ideia desse grupo , é importante fazermos essas leituras para sabermos onde queremos e onde devemos ir. Acho que desse encontro deve sair um documento deliberativo formal, Apontado os caminhos que esse grupo acreditar ser o ideal.


Não sei se é do conhecimento de todos. Há um proposta na LOA desse ano de uma emenda Chamada "Emenda Popular" , onde a população poderá propor uma emenda, no caso de UIbai , no valor de 500 mil reais pra um Objeto especificado pela população em audiência publica. Foge da coisa tradicional de um deputado x colocar a emenda.

No entanto sabemos que se não houver organização social essa emenda será direcionado , o que não é a ideia do da proposta . Não podemos aceitar nem que o Poder Executivo, nem que o poder Legislativo Direcione tal recurso.

O que acha desse grupo tomar, defender um ideia para esse recurso ? propor um projeto necessário para a comunidade ?

Para que essa emenda sai , o poder publico terá que ouvir a decisão da comunidade em Audiência Publica. Poderíamos distribuir boletim com a proposta do grupo , o que acham ?

Por mais intransponível que o poder publico possa ser , não podemos ficar descrente na participação popular, no controle social. Quem faz politica todo dia já sabe dessa informação e já trabalho nos bastidores pra impor sua proposta politica( algo que é licito)

Acho que podemos envolver sindicatos , associações, times de futebol, etc., nos fortaleceríamos a vontade coletiva. A ideia não é ter o gestor publico como inimigo até por que , será ele quem executará o projeto.

Ideia :

Acho que poderíamos pensar isso voltado pra nossa serra Azul. o que acham?
Acho que 500 mil daria pra tocar o projeto de reflorestamento, capacitação ambiental, oficinas ambientais, educação ambiental. etc. acho que Edmário poderia ajudar nisso .

Galera é uma sugestão mais sei que problemas em Uibai não faltam pra colocar esse recurso.
Pode ser na Saúde , na cultura , Cidade , Ação Social, Etc,

Agora esse grupo tem a responsabilidade de escolher algo mais prioritário para o nosso pé de serra.

Espero ter ajudado
Jorge Araujo

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Recursos para construção de praças em Uibaí devem ser liberados.



Créditos da foto: Taís Machado/Uibaí Online

Recursos para construção de praças em Uibaí devem ser liberados

O Ministério do Turismo deve aprovar, nos próximos dias, os projetos e a liberação do empenho no valor de R$ 500 mil para a construção do Largo do Cruzeiro e da Praça Riacho da Canabrava, no município de Uibaí (BA). Os recursos foram conquistados por meio de emenda do deputado Amauri Teixeira (PT-BA).

O município é conhecido pela forte agricultura e pelas belezas naturais, como seus rios, grutas e açudes. Segundo o prefeito de Uibaí, Pedro Rocha, essas obras vão apoiar o turismo da localidade. “Essas duas praças são as mais antigas da cidade e ainda não dispõem de infraestrutura adequada. É lá onde se encontra um histórico cruzeiro visitado no período da procissão em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição”, informou o prefeito.

Quanto à urbanização do Largo do Cruzeiro, o deputado Amauri destacou que será uma importante melhoria para os uibaienses e turistas. “Com essa obra, buscamos apoiar o projeto turístico do município que é o Balneário do Boqueirão da Canabrava, belíssimo espaço natural que recebe muitos visitantes”, argumentou o parlamentar. 

-- 
Carlos Mota
Assessoria de ComunicaçãoDeputado Federal Amauri Teixeira

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Prefeito de Uibaí tenta impedir fim da Comarca de Uibaí.





Prefeitos de 50 municípios baianos, que terão os cartórios civis e criminais das comarcas de suas cidades desativados, se reuniram na manhã da segunda-feira (30), na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), onde decidiram entrar com uma ação administrativa junto ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pela permanência das comarcas destes municípios.

Depois de se reunirem na UPB, os prefeitos foram até a sede do TJ-BA, onde se encontraram com a presidente do TJ-BA, a desembargadora Telma Britto. Contudo as notícias não foram das mais animadoras. A presidente do TJ-BA pediu apenas que os prefeitos decidam em quais comarcas, de municípios próximos, seus municípios serão lotados para efeito de processos nestes cartórios.

Segundo a desembargadora a decisão de fechar os cartórios civis e criminais destes municípios ocorre em virtude orçamentária e foi tomada para obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal com pagamento de pessoal. Telma Britto informou ainda que a decisão não é definitiva, mas permanecerá enquanto houver o desiquilíbrio orçamentário.

Insatisfeitos com a informação obtida no TJ-BA, os prefeitos foram conduzidos, pelo presidente Luiz Caetano, até a Assembleia Legislativa, onde se reuniram com o presidente da ALBA, o deputado estadual Marcelo Nilo. Onde, o presidente da UPB, Luiz Caetano, propôs uma reunião entre ele, o presidente da ALBA e o governador Jaques Wagner para juntos buscarem uma solução para o problema dos prefeitos. “Esta desativação é um retrocesso no atendimento jurídico desses municípios, sem contar no ônus financeiro e de tempo, na análise e resolução dos processos”, afirma Caetano.

De volta à UPB, já no período da tarde, os prefeitos decidiram pela elaboração de um pedido de reconsideração coletivo, com a assinatura de todos os prefeitos, uma modalidade de ação administrativa para o TJ-BA pela não desativação dos cartórios.

Luiz Caetano entende que, “é preciso buscar uma solução imediata, uma vez que os prefeitos foram pegos de surpresa e há uma insatisfação muito grande por parte da população dessas cidades que não querem ficar sem o poder judiciário. Pois, um direito adquirido está sendo retirada tão subitamente. A presença do juiz nos municípios inibe o crime também. Essa mobilização dos prefeitos, com base nas manifestações que acontecem nos municípios, mostra a importância e a credibilidade que o poder judiciário tem na Bahia junto a população”.

Os 50 municípios penalizados são: Gentio do Ouro, América Dourada, Barro Preto, Botuporã, Gavião, Ibititá, Ichu, Iramaia, Jussara, Macururé, Malhada, Morpará, Pindaí, Quixabeira, Rio do Antonio, Santa Luzia, São Domingos, São José do Jacuípe, Serrolândia, Souto Soares, Uibaí, Varzea do Poço, Acajutiba, Baianópolis, Caldeirão Grande, Canudos, Glória, Ibiquera, Itaeté, Itagimirim, Itaquara, Jitaúna, Maraú, Marcionílio Souza, Nilo Peçanha, Rodelas, Sátiro Dias, Teodoro Sampaio, Tremedal, Boa Vista do Tupim, Capela do Alto Alegre, Ibitiara, Itagi, Itamari, Licínio de Almeida, Nordestina, Palmeiras, Pé de Serra, Planalto e Potiraguá.

UIBAI - recebera as equipes do Saúde em Movimento - Objetivo é fazer cirurgias de catarata





A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) vai fazer mais 12.300 cirurgias de catarata através da estratégia Saúde em Movimento. A ação está programada para ser realizada entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro.

O secretário Jorge Solla e a coordenadora responsável pelo Saúde em Movimento, Cláudia Almeida, se reuniram com representantes dos oito municípios que vão sediar a ação para demonstrar os objetivos, os fluxos e as lógicas de atendimento à população.
Na oportunidade, Cláudia Almeida informou aos gestores dos municípios as exigências para que a ação seja realizada, além das etapas da estratégia Saúde em Movimento.

Os municípios que vão receber as equipes do Saúde em Movimento são Maracás, Uibaí, Euclides da Cunha, Cardeal da Silva, Camamu, Campo Formoso, Chorrochó e Maragojipe.

Segundo secretário da UPB e prefeito de Maracás, Nelson Portela destaca que, "o governo do estado está de parabéns pelo Saúde em Movimento. Municípios do interior do estado, como o meu, estão sendo beneficiados graças a projetos como este".

Desde o seu início, em outubro de 2009, a estratégia Saúde em Movimento já realizou 300 mil atendimentos e mais de 45 mil cirurgias de catarata. A última etapa aconteceu em municípios das regiões oeste e extremo sul da Bahia.

O JORNALISMO-URUBÚ E A DOENÇA DE LULA

Guia de boas maneiras na política. E no jornalismo

Maria Inês Nassif

A cultura de tentar ganhar no grito tem prevalecido sobre a boa educação e o senso de humanidade na política brasileira. E o alvo preferencial do “vale-tudo” é, em disparada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por algo mais do que uma mera coincidência, nunca antes na história desse país um senador havia ameaçado bater no presidente da República, na tribuna do Legislativo. Nunca se tratou tão desrespeitosamente um chefe de governo. Nunca questionou-se tanto o merecimento de um presidente – e Lula, além de eleito duas vezes pelo voto direto e secreto, foi o único a terminar o mandato com popularidade maior do que quando o iniciou.


A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso. A campanha que se espalhou nas redes sociais pelos adversários políticos de Lula, para que ele se trate no Sistema Único de Saúde (SUS), é de um mau gosto atroz. A jornalista que o culpou, no ar, pelo câncer que o vitimou, atribuindo a doença a uma “vida desregrada”, perdeu uma grande chance de ficar calada.


Até na política as regras de boas maneiras devem prevalecer. Numa democracia, o opositor é chamado de adversário, não de inimigo (para quem não tem idade para se lembrar, na nossa ditadura militar os opositores eram “inimigos da pátria”). Essa forma de qualificar quem não pensa como você traz, implicitamente, a ideia de que a divergência e o embate político devem se limitar ao campo das ideias. Esta é a regra número um de etiqueta na política.


A segunda regra é o respeito. Uma autoridade, principalmente se se tornou autoridade pelo voto, não é simplesmente uma pessoa física. Ela é representante da maioria dos eleitores de um país, e se deve respeito à maioria. Simples assim. Lula, mesmo sem mandato, também o merece. Desrespeitar um líder tão popular é zombar do discernimento dos cidadãos que o apoiam e o seguem. Discordar pode, sempre.


A terceira regra de boas maneiras é tratar um homem público como homem público. Ele não é seu amigo nem o cara com quem se bate boca na mesa de um bar. Essa regra vale em dobro para os jornalistas: as fontes não são amigas, nem inimigas. São pessoas que estão cumprindo a sua parte num processo histórico e devem ser julgadas como tal. Não se pode fazer a cobertura política, ou uma análise política, como se fosse por uma questão pessoal. Jornalismo não deve ser uma questão pessoal. Jornalistas têm inclusive o compromisso com o relato da história para as gerações futuras. Quando se faz jornalismo com o fígado, o relato da história fica prejudicado.


A quarta regra é a civilidade. As pessoas educadas não costumam atacar sequer um inimigo numa situação tão delicada de saúde. Isso depõe contra quem ataca. E é uma péssima lição para a sociedade. Sentimentos de humanidade e solidariedade devem ser a argamassa da construção de uma sólida democracia. Os formadores de opinião tem a obrigação de disseminar esses valores.


A quinta regra é não se deixar contaminar por sentimentos menores que estão entranhados na sociedade, como o preconceito. O julgamento sobre Lula, tanto de seus opositores políticos como da imprensa tradicional, sempre foi eivado de preconceito. É inconcebível para esses setores que um operário, sem curso universitário e criado na miséria, tenha ascendido a uma posição até então apenas ocupada pelas elites. A reação de alguns jornalistas brasileiros que cobriram, no dia 27 de setembro, a solenidade em que Lula recebeu o título “honoris causa” pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, é uma prova tão evidente disso que se torna desnecessário outro exemplo.


No caso do jornalismo, existe uma sexta regra, que é a elegância. Faltou elegância para alguns dos meus colegas.